terça-feira, 6 de novembro de 2007

D. Ranjith pede aos Bispos e Presbíteros que obedeçam ao Papa.


Retirado do site: http://rorate-caeli.blogspot.com/


De uma entrevista dada pelo Secretário da Congregação para o Culto Divino, Arcebispo Malcom Ranjith Patabendige, a Bruno Volpe, do website de notícias papais Petrus:

Excelência, como foi recebido o motu proprio de Bento XVI que liberou a Santa Missa de acordo com o Rito Tridentino? Alguns, no próprio seio da Igreja, viraram seus narizes...

"Existiram reações positivas e, é inútil negar, criticismos e oposição, mesmo de teólogos, liturgistas, padres, Bispos e até Cardeais. Eu francamente não entendo esses afastamentos e por que não [dizer ], rebelião contra o Papa. Eu convido a todos, particularmente os Pastores, a obedecer ao Papa, que é o Sucessor de Pedro. Os bispos, em particular, juraram fidelidade ao Pontífice: possam eles ser coerentes e fiéis aos seus comprometimentos.”

Em sua opinião, o que causa essas revelações contra o Motu Proprio?

"Você sabe que existiram por algumas dioceses, até documentos interpretativos que inexplicavelmente querem limitar o Motu Proprio do Papa. Essas ações mascaram por trás, numa mão, preconceitos de um tipo ideológico, e noutra, orgulho, um dos mais graves pecados. Eu repito: eu chamo a todos a obedeceram ao Papa. Se o Santo Padre decidiu promulgar o Motu Proprio, ele teve suas razões, que eu compartilho completamente”.

A decisão de Bento XVI liberar o rito Tridentino parece como um justo remédio aos tantos abusos litúrgicos tristemente registrados após o Concílio Vaticano II com o ‘Novus Ordo’...

"Veja, eu não quero criticar o ‘Novus Ordo’. Mas eu dou risada quando eu ouço dizer, até por amigos, que numa [certa] paróquia, um padre é “um Santo” devido à sua homilia ou como ele fala. A Santa Missa é sacrifício, dom, mistério, independentemente do padre celebrante. É importante, até mesmo fundamental, que o padre seja colocado de lado: o protagonista da Missa é Cristo. Eu não entendo, desta forma, as celebrações Eucarísticas transformadas em shows com danças, músicas e aplausos, como frequentemente acontece com o Novus Ordo”.

Monsenhor Patabendige, sua Congregação tem repetidamente denunciado esses abusos litúrgicos...

"Verdade. Existem muitos documentos, que, apesar de tudo, dolorosamente permaneceram letra morta, [que] terminaram em prateleiras empoeiradas ou, até pior, em cestas de papéis”.

Outro ponto: frequentemente se ouve longas homilias...

"Isso também é um abuso. Eu sou contrário a danças e aplausos no meio das Missas, que não são circo ou estádio. Enquanto para as homilias, elas devem relatar, como o Papa sublinhou, exclusivamente a aspectos catequéticos, evitando sociologismos e tagarelices inúteis. Por exemplo, padres frequentemente desviam para política, porque não prepararam bem a homilia, que deve, pelo contrário, ser escrupulosamente estudada. Uma homilia excessivamente longa é sinônimo de uma escassa preparação: o tempo correto para um sermão deve ser 10 minutos, 15 no máximo. Deve ser entendido que o momento culminante da celebração é o mistério Eucarístico, que não significa subestimar a liturgia da palavra, mas clarificar como uma correta liturgia deve ser aplicada”.

Voltando ao Motu Proprio: alguns criticam o uso do Latim durante a Missa...

"O rito Tridentino é parte da tradição da Igreja. O Papa pontualmente explicou os motivos para sua medida, um ato de liberdade e justiça para os tradicionalistas. Quanto ao Latim, quero sublinhar que ele nunca foi abolido, e mais, ele garante a universalidade da Igreja. Mas eu repito: Eu convido padres, Bispos e Cardeais à obediência, deixando de lado todo tipo de orgulho e preconceito”.

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Comentário:
A promulgação do Motu Proprio Summorum Pontificum foi o ponto de partida para o retorno à Tradição Católica e - colateralmente - uma bomba no Modernismo do Novus Ordo com relação ao Santo Sacrifício da Missa. Fato interessante é que o Motu Proprio foi promulgado justamente 100 anos após a Encíclica Pascendi Dominici Gregis, do Papa São Pio X, que condena o Modernismo. As reações ao Motu Proprio são diversas e, na sua grande maioria, contraditórias.
Rezemos pelo Papa. Rezemos pelos Bispos e Padres, para que sejam obedientes ao Santo Padre.

Invenisti enim Gratiam apud Deum.
William Cardozo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


O milagre de um embrião




“Teus olhos viram o meu embrião. No teu livro estão todos inscritos os dias que foram fixados e cada um deles nele figura” (Sl 138,16).

Quando se fala no primeiro milagre de Jesus, logo se pensa nas bodas de Caná da Galiléia, onde ele converteu a água em vinho a pedido de sua Mãe (Jo 2). Muito antes desse momento, porém, a Bíblia nos relata outro milagre operado por Jesus quando ainda estava no ventre de Maria Santíssima. Tal milagre foi a santificação de João, o Batista, que estava no ventre de sua mãe Isabel. Vejamos como a Escritura narra esse fato.
Maria soube pelo anjo Gabriel que sua parenta Isabel, uma anciã estéril, tinha-se tornado grávida, e já estava no sexto mês de gestação, pois “para Deus nada é impossível” (Lc 1,36-37). Depois de aceitar com amor a sua própria gravidez, com as palavras “Eis a serva do Senhor...” (Lc 1,38), Maria foi “apressadamente” (Lc 1,39) ao encontro da outra gestante que morava em uma cidade de Judá. Acredita-se que essa cidade seja Ain-Karim, situada seis quilômetros a oeste de Jerusalém.
Ora, a distância entre Nazaré, onde estava Maria, e Jerusalém, é de aproximadamente 140 quilômetros . Como ela viajou “às pressas”, talvez tenha demorado uns seis dias para chegar a Ain-Karim.
Ao entrar na casa de Zacarias e ao saudar Isabel, o menino Jesus tinha, então, alguns dias de vida. Era tão pequeno que nem sequer havia-se formado o coração (que só começa a pulsar entre o 18º e o 21º dia). Nem estava ainda presente o tubo neural, que daria origem ao sistema nervoso. Estava com a idade de um embrião que ainda não se fixou no útero, um embrião “pré-implantatório[1]. Tinha o tamanho e a aparência daqueles embriões humanos que estão congelados em alguma clínica porque “sobraram” no processo de fertilização “in vitro”. Era semelhante àqueles que hoje a Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005) permite que sejam destruídos, a fim de que suas células sejam usadas em pesquisa ou terapia. Minúsculo e ainda sem uma aparência atraente, Jesus operou um milagre.
Isabel “com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?’” (Lc 1,42-43). Note-se que o menino Jesus ainda não nasceu, mas Isabel, “repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41) chama Maria “a mãe do meu Senhor” e não “a futura mãe do meu Senhor”. De fato, a maternidade começa com a concepção, e não com o parto.
Pois quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu em meu ventre” (Lc 1,44). Cumpriu-se aquilo que o anjo Gabriel havia anunciado a Zacarias: o menino “ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe” (Lc 1,15).
Esse milagre foi operado por Jesus com a mediação de Maria, assim como ocorreria anos depois com o milagre de Caná. Mas o milagre da visitação supera em muito o milagre das bodas. Por quê? Porque o primeiro ocorreu na ordem da graça, ao passo que o segundo ocorreu na ordem da natureza. E a graça — que é a vida de Deus em nós — é imensamente superior à natureza.
Comparemos agora o Autor do milagre (Jesus) com o seu beneficiário (João Batista). Jesus é um pequeno embrião de alguns dias. João já é um bebê grande, com seis meses de vida. Seus órgãos já estão todos formados. Encolhido no ventre de Isabel, ele já faz sentir sua presença quando se move.
Muitas das pessoas que não teriam escrúpulos em destruir bebês com a idade de Jesus (alguns dias) ficariam confusas diante de um bebê com a idade de João (seis meses). No entanto, o pequeno santificou o grande. Toda a alegria que inunda a casa de Isabel, e que culmina com o cântico de Nossa Senhora (o “Magnificat”), tem como causa aquele minúsculo ente humano, que também é Deus, oculto no ventre de Maria.
A esse episódio aplicam-se as palavras de São Paulo: “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir os sábios; e, o que é fraqueza no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte; e o que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é, a fim de que nenhuma criatura se possa vangloriar diante de Deus” (1Cor 1,27-29).

Quando começa um indivíduo humano?
Note-se que a pergunta “quando começa a vida humana?” não está bem formulada. Antes da concepção, os gametas (óvulo e espermatozóide) tinham vida, e vida humana. No entanto, eles não eram indivíduos humanos. O espermatozóide era simplesmente uma parte do corpo do pai e o óvulo, uma parte do corpo da mãe. Se perguntarmos, porém, quando começa a vida de um indivíduo humano, aí sim a resposta só pode ser uma: o indivíduo humano começa com a concepção ou fertilização, que é a união dos dois gametas: o óvulo (gameta feminino) e o espermatozóide (gameta masculino). Assim explica Elio Sgreccia em seu Manual de Bioética:
O primeiro dado incontestável, esclarecido pela genética, é o seguinte: no momento da fertilização, ou seja, da penetração do espermatozóide no óvulo, os dois gametas dos genitores formam uma nova entidade biológica, o zigoto, que carrega em si um novo projeto-programa individualizado, uma nova vida individual. [...]
As duas respectivas células gaméticas têm em si um patrimônio bem definido, o programa genético, reunido em torno dos 23 pares de cromossomos: cada uma das células gaméticas tem a metade do patrimônio genético em relação às células somáticas do organismo dos pais e com uma informação genética qualitativamente diferente das células somáticas dos organismos paterno e materno. Esses dois gametas diferentes entre si, diferentes das células somáticas dos pais, mas complementares entre si, uma vez unidos ativam um novo projeto-programa, pelo qual o recém-concebido fica determinado e individuado.
Sobre essa novidade do projeto-programa resultante da fusão dos 23 pares de cromossomos não existe a menor dúvida, e negá-lo significaria rejeitar os resultados certos da ciência.” [2].

ADI 3510 – o pavor dos abortistas
No dia 30 de maio de 2005, o então Procurador Geral da República Dr. Cláudio Fonteles ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 3510 (ADI 3510) contra o art. 5° da Lei de Biossegurança (Lei n.º 11.105/05) que permite a destruição de embriões humanos.
No dia 20 de abril de 2007, o Supremo Tribunal Federal, pela primeira vez na história, abriu suas portas para uma audiência pública. O objetivo era instruir os Ministros sobre “quando começa a vida humana”[3]. A discussão se dividiu entre os que afirmaram o óbvio e aqueles que tentaram negar o óbvio.
É interessante notar que nenhum dos oradores favoráveis à destruição de embriões ousou dizer que eles não eram indivíduos humanos. Quando muito, disseram que “não sabiam”. De um modo geral, tentaram dizer que essa questão não tem importância, diante da perspectiva de cura de doenças degenerativas mediante o uso de células-tronco embrionárias.
Como, porém, estavam debatendo com cientistas pró-vida de alto gabarito, não puderam fazer no Supremo a propaganda enganosa que fizeram na Câmara e no Senado. Foram constrangidos a admitir que até hoje ninguém foi curado com transplante de células-tronco embrionárias, ao passo que a pesquisa com células-tronco adultas (que não requerem a destruição de embriões) tem tido grande sucesso terapêutico.
O que ficou patente, porém, em toda a discussão, foi o medo de que o pedido da ação seja julgado procedente e o artigo 5º da Lei de Biossegurança seja declarado inconstitucional. Os defensores da destruição de embriões humanos deixaram claro que tal decisão seria um golpe fatal na causa abortista. Confessaram que tratar os embriões humanos como pessoas tornaria inviável a fertilização in vitro, uma vez que a perda de tais embriões está no cerne de sua manipulação em laboratório.
Eles têm razão de ter medo. Mas também é de se temer que, se o Tribunal decidir de outro modo, ocorra no Brasil uma tragédia semelhante à ocorrida nos Estados Unidos em 1857, quando a Suprema Corte decidiu que os negros não eram pessoas (caso Dred Scott versus Sandford) ou em 1973, quando a mesma Corte decidiu que os nascituros não são pessoas (caso Roe versus Wade).

Roma, 4 de novembro de 2007
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis.
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[1] Também chamado pejorativamente de “pré-embrião”, como se ele não fosse humano até sua fixação (nidação) na parede uterina.
[2] SGRECCIA, Elio, Manual de Bioética: I – Fundamentos e Ética Biomédica, São Paulo: Loyola, 1996, p.342.
[3] Melhor seria “quando começa a vida de um indivíduo humano”.

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Comentário:
Embora seja nítido que defender o Aborto é defender um crime, os abortistas não cansam de promover as contradições de tamanho delito. A Santa Igreja sempre será a favor da vida, e os Católicos também combaterão para que este direito - inviolável - seja defendido.

Viva o Papa!
Viva Bento XVI.

Invenisti enim gratiam apud Deum.
William Cardozo

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O Ecumenismo do Vaticano II

William Cardozo
 
Há pouco tempo atrás o Papa Bento XVI reafirmou, através da Congregação Para a Doutrina da Fé, que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo.
O IV Concílio de Latrão definiu - dogmaticamente - que "fora da Igreja Católica não há Salvação" - Extra Ecclesia Nulla Salus. Mas o que parece nos dias de hoje é que os teólogos - ditos 'católicos' - não são adeptos deste dogma da Santa Igreja, e assim, ensinam em muitos seminários que o Ecumenismo - que se baseia na aceitação das demais religiões - é lícito e deve ser praticado. O Ecumenismo hoje ensinado contraria a Doutrina Católica e mostra que há vários caminhos para se chegar a Deus e que para o bem estar do homem é necessário que se respeite e aceite as demais religiões.
A explicação para toda essa confusão está nos ensinamentos do Concílio Vaticano II (1963-1965), em especial no Decreto Unitatis Redintegratio, transcrito abaixo:

"Todos os Cristãos professem perante o mundo inteiro a fé no Deus uno e trino, no Filho de Deus encarnado, nosso Redentor e Salvador. Por um esforço comum e em mútua estima dêem testemunho da nossa esperança que não confunde. Sendo que nos tempos hodiernos se estabelece largamente a cooperação no campo social, todos os homens são chamados a uma obra comum, mas de modo especial os que crêem em Deus, máxime de todos os Cristãos assinalados com o nome de Cristo. A cooperação de todos os Cristãos exprime, de modo vivo, os laços que já os unem entre si e faz resplandecer mais plenamente a face de Cristo Servo. Essa cooperação já instaurada em não poucas nações, deve ser aperfeiçoada sempre mais, principalmente nas regiões onde se realiza a revolução social ou técnica. Ela contribuirá assim para avaliar devidamente a dignidade da pessoa humana promover o bem da paz, prosseguir na aplicação social do Evangelho, incentivar o espírito cristão nas ciências e nas artes e aplicar todos os gêneros de remédios aos males da nossa época, tais como: a fome e as calamidades, o analfabetismo e a pobreza, a falta de habitações e a distribuição não justa dos bens. Por essa cooperação todos os que crêem em Cristo podem aprender de modo fácil como devem conhecer-se melhor mutuamente e estimar-se mais e como se abre o caminho para a unidade dos Cristãos." (Compêndio do Vaticano II - Decreto Unitatis Redintegratio, nº 12 - p. 322 - Editora Vozes, 26ª Edição - destaques meus.)

Era de se esperar que este decreto trataria de qual maneira os Católicos deveriam se portar diante das demais religiões - que não possuem os meios para a Salvação - , mas o que se nota neste trecho é a influência do Comunismo nos ensinamentos do Concílio. Os termos destacados mostram claramente os ideais que o Concílio quis estimar: obra comum, revolução social, cooperação no campo social, etc...
Mas sem dúvidas o que mais assusta é que o Concílio não cita entre "os males da época" o pecado, o desrespeito da Sagrada Eucaristia, a perdição das almas, o ateísmo que proliferava na época; termos estes que a Santa Igreja sempre lutou e ensinou sobre pois Sua função é cuidar da Salvação das almas e não de revoluções sociais - como o fragmento apresenta.
Após o Concílio uma grande quantidade de sacerdotes - e bispos - deixaram de lado a principal função, que é a de salvar as almas, e passaram a se ocupar com o que o Comunismo se preocupa, passando de Sacerdotes à assistentes sociais. Os clérigos foram igualados aos fiéis. Sacerdotes e leigos agora não possuem diferenças, devem se preocupar com o que é em comum a ambos, o que é material,o que é social, o que é comum...
O Ecumenismo do Concílio Vaticano II não se distancia muito, pois segundo o Concílio, a Igreja Católica e as demais religiões passam a ser iguais, passam a ter algo em comum, passam a ter os mesmos caminhos para se chegar a Deus, caminhos em comum....
Onde tudo é comum, é no Comunismo, que é ateu, que nega a Santa Igreja, que nega Deus; pois Deus e o homem são comuns, são iguais.

Rezemos pelo Papa Bento XVI para que tenha força, coragem e sabedoria para guiar a Santa Igreja, sem Comunismo, sem Ecumenismo, fora da qual não há Salvação.

Invenisti enim gratiam apud Deum.
William Cardozo.

domingo, 26 de agosto de 2007

A Paz de Cristo

 
."Eu não vim trazer a paz, mas a espada" (Mt X, 34 e Luc XII, 51).
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CASTEL GANDOLFO, domingo, 19 de agosto de 2007 (ZENIT.org).- A paz de Cristo não é ausência de conflitos, mas é a luta contra o mal, explicou Bento XVI neste domingo.

Por este motivo, esclareceu aos peregrinos reunidos na residência pontifícia de Castel Gandolfo para rezar o Ângelus, ser ''instrumentos de sua paz'' quer dizer ''vencer o mal com o bem''.

Comentando a pergunta e a resposta de Jesus na passagem evangélica da liturgia do domingo – Pensais que eu vim trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão – o Santo Padre esclareceu que esta expressão significa que a paz que Ele veio trazer não é sinônimo de simples ausência de conflito.

Pelo contrário, a paz de Jesus é fruto de uma constante luta contra o mal. A luta que Jesus está decidido a enfrentar não é contra homens ou poderes humanos, mas contra o inimigo de Deus e do homem, Satanás.

Quem quer resistir contra esse inimigo sendo fiel a Deus e ao bem, tem que enfrentar necessariamente incompreensões e, algumas vezes, autênticas perseguições, advertiu o Papa.

Por isso, aqueles que querem seguir Jesus e comprometer-se sem compromissos a favor da verdade, têm de saber que encontrarão oposições e se converterão, ainda que não o queiram, em sinal de divisão entre as pessoas, e inclusive dentro de suas próprias famílias.

O amor aos pais é um mandamento sagrado, mas para ser vivido autenticamente, não pode ser anteposto nunca ao amor de Deus e de Cristo. Dessa forma, seguindo os passos do Senhor Jesus, os cristãos se convertem em ‘instrumentos de paz’, segundo a famosa expressão de São Francisco de Assis», afirmou, citando a famosa expressão de São Francisco de Assis.

Não de uma paz inconsistente e aparente, mas real, buscada com valentia e tenacidade no compromisso cotidiano por vencer o mal com o bem e pagando o preço que isso implica, concluiu. Falando depois em alemão, o Papa acrescentou que Cristo não busca conformistas cansados, mas testemunhas da fé valente de quem arde do fogo do seu amor.

Paz de Cristo, segundo Bento XVI Intervenção por ocasião da oração mariana do ÂngelusCASTEL GANDOLFO, domingo, 19 de agosto de 2007 (ZENIT.org).-

Publicamos a intervenção que Bento XVI pronunciou neste domingo, ao rezar a oração mariana do Ângelus, junto a milhares de peregrinos congregados no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

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Comentário: Bento XVI reforça o caráter militante da Santa Igreja, reafirmando claramente o verdadeiro significado da Paz de Cristo. No evangelho de São João, Cristo diz:

"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo" (Jo. XIV 27).

Portanto, há uma notável diferença entre a paz de Cristo e a paz do mundo, e essa diferença foi perfeitamente destacada pelo Santo Padre. Viva o Papa! Viva o Papa Bento XVI!

"Só se conseguirá a paz na ponta da lança" (Santa Joana d´Arc).

In Iesu et Maria, Eduardo Farini.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Igreja Católica Apostólica Romana - A Única Igreja de Jesus Cristo

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

RESPOSTAS A QUESTÕES RELATIVAS A ALGUNS ASPECTOS
DA DOUTRINA SOBRE A IGREJA


INTRODUÇÃO

É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).

O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.

A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correcto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambiguidade.


RESPOSTAS ÀS QUESTÕES

Primeira questão: Terá o Concílio Ecuménico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?

Resposta: O Concílio Ecuménico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.

Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio[1]. Paulo VI repetiu-o[2] e assim se exprimiu no acto de promulgação da Constituição Lumen gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas a nível de vida, agora também se exprime claramente a nível de doutrina; o que até agora era objecto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura"[3]. Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção[4].

Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?

Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual"[5], que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos[6]. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele"[7].

Na Constituição dogmática Lumen gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica[8], na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.

Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes[9], já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica[10].

Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?


Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no facto de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica"[11].

"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica"[12].

Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecuménico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?

Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos"[13], merecem o título de "Igrejas particulares ou locais"[14] , e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas[15].

"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce"[16]. Como porém a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa[17].

Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história[18].

Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?

Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico[19], não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio[20].

O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.

Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 2007, Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

William Cardeal Levada
Prefeito



Angelo Amato, SDB,
Arcebispo tit. de Sila
Secretário

Notas
[1] JOÃO XXIII, Alocução de 11 de Outubro de 1962: "… o Concílio … quer transmitir uma doutrina católica íntegra e imutável, não distorcida…Impõe-se todavia que, nos dias de hoje, a doutrina cristã, na sua inteireza e sem mutilações, seja por todos acolhida com novo entusiasmo e com serena e pacífica adesão …É necessário que, como todos os sinceros promotores da realidade cristã, católica e apostólica veementemente desejam, a mesma doutrina seja conhecida de forma cada vez mais ampla e profunda… É necessário que essa doutrina, certa e imutável, a que é devido fiel obséquio, seja estudada e exposta em sintonia com as exigências do nosso tempo. Uma coisa é o próprio depositum fidei, ou seja, as verdades contidas na nossa veneranda tradição, e uma outra é o modo como são enunciadas, sempre porém com os mesmos significado e sentido": AAS 54 [1962] 791.792.

[2] Cf. PAULO VI, Alocução de 29 de Setembro de 1963: AAS 55 [1963] 847-852.
[3] PAULO VI, Alocução de 21 de Novembro de 1964: AAS 55 [1964] 1009-1010.

[4] O Concílio quis exprimir a identidade da Igreja de Cristo com a Igreja Católica. É o que se encontra nos debates sobre o Decreto Unitatis redintegratio. O Esquema do Decreto foi apresentado em Aula a 23 de Setembro de 1964 com uma Relatio (Act Syn III/II 296-344). O Secretariado para a Unidade dos Cristãos respondia a 10 de Novembro de 1964 aos modos que os Bispos entretanto haviam enviado (Act Syn III/VII 11-49). Desta Expensio modorum reproduzem-se quatro textos relativos à primeira resposta.

A) [In Nr. 1 (Prooemium) Schema Decreti: Act Syn III/II 296, 3-6]

"Pag. 5, lin. 3-6: Videtur etiam Ecclesiam catholicam inter illas Communiones comprehendi, quod falsum esset.

R(espondetur): Hic tantum factum, prout ab omnibus conspicitur, describendum est. Postea clare affirmatur solam Ecclesiam catholicam esse veram Ecclesiam Christi" (Act Syn III/VII 12).

B) [In Caput I in genere: Act Syn III/II 297-301]

"4 – Expressius dicatur unam solam esse veram Ecclesiam Christi; hanc esse Catholicam Apostolicam Romanam; omnes debere inquirere, ut eam cognoscant et ingrediantur ad salutem obtinendam…

R(espondetur): In toto textu sufficienter effertur, quod postulatur. Ex altera parte non est tacendum etiam in aliis communitatibus christianis inveniri veritates revelatas et elementa ecclesialia" (Act Syn III/VII 15). Cf. também ibidem n. 5.

C) [In Caput I in genere: Act Syn III/II 296s]

"5 – Clarius dicendum esset veram Ecclesiam esse solam Ecclesiam catholicam romanam…

R(espondetur): Textus supponit doctrinam in constitutione ‘De Ecclesia’ expositam, ut pag. 5, lin. 24-25 affirmatur (Act Syn III/VII 15). Portanto, a comissão que deveria pronunciar-se sobre as emendas ao Decreto Unitatis redintegratio exprime claramente a identidade da Igreja de Cristo e da Igreja católica e a sua unicidade, considerando ter essa doutrina fundamento na Constituição dogmática Lumen gentium.

D) [In Nr 2 Schema Decreti: Act Syn III/II 297s]

"Pag 6, lin. I-24: Clarius exprimatur unicitas Ecclesiae. Non sufficit inculcare, ut in textu fit, unitatem Ecclesiae.

R(espondetur): a) Ex toto textu clare apparet identificatio Ecclesiae Christi cum Ecclesia Catholica, quamvis, ut opportet, efferantur elementa ecclesialia aliarum communitatum".

"Pag. 7, lin. 5: Ecclesia a successoribus Apostolorum cum Petri successore capite gubernata (cf. novum textum ad pag. 6, lin. 33-34) explicite dicitur ‘unicus Dei grex’ et lin. 13 ‘una et unica Dei Ecclesia’" (Act Syn III/VII).

Estas duas expressões encontram-se na Unitatis redintegratio 2.5 e 3.1.
[5] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.1.

[6] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 3.2, 3.4, 3.5, 4.6.

[7] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.

[8] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Ecclesiae, 1.1: AAS 65 [1973] 397; Decl. Dominus Iesus, 16.3: AAS 92 [2000-II] 757-758; Notificação sobre o livro do P. Leonardo Boff, OFM, "Igreja: carisma e poder": AAS 77 [1985] 758-759.

[9] Cf. JOÃO PAULO II, Carta enc. Ut unum sint, 11.3: AAS 87 [1995-II] 928.

[10] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.

[11] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.

[12] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 3.4.

[13] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 15.3; cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.2: AAS 85 [1993-II] 848.

[14] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 14.1.

[15] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 14.1; JOÃO PAULO II, Carta enc. Ut unum sint, 56s: AAS 87 [1995-II] 954s.

[16] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 15.1.

[17] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.3: AAS 85 [1993-II] 849.

[18] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.3: AAS 85 [1993-II] 849.

[19] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 22.3.
[20] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 17.2: AAS 92 [2000-II] 758.

Reverendissimo Padre Navas Ortiz celebrou missa de ação de graças pela publicação do Motu Proprio dia 07/07/2007 - na Capela do Instituto o Bom Pastor em nossa sede na Capital de São Paulo - Foi um momento de grande alegria para todos os fiéis por mais esse passo de nosso Sumo Pontifice rumo a vitoria definitiva ! Viva o Papa, o doce Cristo na Terra!
Viva Roma a cidade eterna !




segunda-feira, 9 de julho de 2007

Igreja Católica - A única Igreja de Cristo

Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/2007/07/09/ult36u46040.jhtm

O Vaticano deve divulgar nesta terça-feira um documento que define a Igreja Católica como a única igreja de Cristo.

O texto da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por promover e tutelar a doutrina da fé e a moral no mundo católico, deve esclarecer uma frase do documento Lumem Gentium ("A luz das nações", sobre a missão universal da Igreja), do Concílio Vaticano 2º, dizendo que a única Igreja de Cristo "subsiste" na Igreja Católica.

Durante o Concílio, uma reunião de bispos e cardeais realizada entre 1962 e 1965, a Igreja adotou mudanças, como a realização de missas nos idiomas modernos, e afirmou o respeito aos não-católicos.

Andrea Tornielli, vaticanista do jornal Il Giornale, afirma que o documento desta terça-feira também deve confirmar a declaração Dominus Iesus, aprovada pelo papa João Paulo 2º em 2000, segundo a qual apenas a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação.

A declaração causou, na época, protestos das igrejas protestantes, classificadas como simples "comunidades eclesiásticas".

Segundo Tornielli, o emprego do verbo "subsiste" no texto do Concílio Vaticano 2º gerou diversas interpretações nos últimos anos, apesar de a Dominus Iesus ressaltar que o Concilio Vaticano 2º queria dizer "existe realmente".

"O objetivo da nova declaração é combater o que o papa Bento 16 considera como 'relativismo eclesiológico', segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não têm mais que uma parte desta verdade", diz o vaticanista.

Judeus


A divulgação do documento ocorrerá poucos dias depois de o papa Bento 16 ter assinado decreto que dá mais liberdade para os sacerdotes celebrarem missas em latim, uma concessão aos tradicionalistas.

Em uma carta aos bispos de todo o mundo, no último sábado, o pontífice rejeitou as críticas de que sua atitude poderia dividir os católicos.

No entanto, o documento gerou mal-estar e, segundo especialistas, poderá ameaçar também o diálogo entre cristãos e judeus.

O problema é que a antiga liturgia, conhecida como missa Tridentina, inclui passagens nas quais se diz que os judeus vivem "na cegueira" e "na escuridão" e pedem que "o Senhor, nosso Deus, retire o véu dos corações deles a fim de que possam também reconhecer nosso Senhor Jesus Cristo".

Vincenzo Pace, especialista em Sociologia da Religião, afirma que os dois documentos do Vaticano, o desta terça-feira e o sobre a missa em latim, estão interligados.

Os documentos pretendem defender, de acordo com Pace, a fortaleza da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, afastar as modificações feitas pelo Concílio Vaticano 2º.

"Os novos documentos do Vaticano são coerentes. Seguem o pensamento do papa Bento 16, sempre muito dedicado à doutrina, ao princípio da autoridade e à idéia de que fora da Igreja não há salvação", diz Pace.

"Os tradicionalistas e fundamentalistas católicos eram contrários não apenas ao enfraquecimento das missas em latim, mas à abertura interecumêmica e à ausência da superioridade da Igreja Católica sobre as outras religiões."


Comentário:
Viva o Papa!!! Viva Bento XVI!
O Sumo Pontífice tem se mostrado cada vez mais inteligente. A publicação do motu proprio Summorum Pontificum
mostrou o quanto o Papa sabe da realidade e dos problemas que a Missa Nova gerou; foi sem dúvidas um "tapa" no Concílio Vaticano II. Sem hesitar, o Papa novamente permite mais um 'ataque' - mesmo que sutil - aos ensinamentos conciliares sobre o ecumenismo; o novo documento sem dúvidas reafirmará a soberania da Igreja Católica, como sendo a única, a santa esposa de Cristo e botando abaixo a tolerância com as demais seitas 'protestantóides'.
Viva o Papa!! Viva Bento XVI!


William Cardozo

Evolucionismo?

Anderson Machado
 
De fato, é comum se ensinar em escolas as teorias sobre as linhas de evolução do homem e de outros seres , porém até hoje nada do que se diz foi provado, ao contrário, em muitas das “provas” ou “evidências” evolucionistas foram constatadas fraudes absurdas.
Não é difícil encontrar contradições infantis nas teses de evolução. A seguir vamos dar o exemplo do Vírus, considerado o ser vivo de estrutura mais simples.

Vírus.
Os vírus diferem de todos os outros seres vivos pelo fato de não apresentarem organização celular, isto é, por não serem constituídos de células.
Um vírus é formado por um envoltório de moléculas de proteína, o capsídeo, que protege o material genético; que pode ser o DNA ou RNA.
Quando não estão se reproduzindo, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital: não crescem, não degradam, nem fabricam substâncias, porém sua capacidade reprodutiva é enorme.
O vírus precisa de uma célula hospedeira para pode se reproduzir, por ser um parasita intracelular obrigatório.

“A reprodução do vírus envolve dois aspectos principais:multiplicação do código genético e síntese das proteínas do capsídeo.Como não possuem maquinaria necessária para realizar nenhum desses processos, os vírus DESENVOLVERAM (sic!), ao longo de sua EVOLUÇÃO, surpreendentes mecanismos para subverter o funcionamento da célula hospedeira e se reproduzir à custa do metabolismo celular” (fonte:Fundamentos da Biologia Moderna. pág: 212)

Faremos agora a análise do trecho acima:
Um vírus não possui capacidade de se reproduzir sozinho.
Então os vírus através de “EVOLUÇÃO” desenvolveram meios para conseguir efetuar a perpetuação de sua espécie.
Ora, mas os próprios biólogos afirmam que uma evolução pode demorar milhões ou até mesmo bilhões de anos para ocorrer.

Então nesse longo tempo (milhões de anos) como que os vírus se reproduziram se não tinham tal capacidade?
Será que alguns vírus brigaram bravamente por sua sobrevivência por milhões de anos até conseguirem sua evolução completa? Parece improvável não é verdade?
Então, mais uma vez ficou provada que a “Teoria da Evolução” é completamente contraditória.

sábado, 7 de julho de 2007

Motu Proprio - "Summorum Pontificum"

Carta Apostólica
Sob forma de Motu Proprio
de Sua Santidade Papa Bento XVI
Summorum Pontificum
SOBRE O USO DA LITURGIA ROMANA
ANTERIOR À REFORMA REALIZADA EM 1970



Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente, que a Igreja de Cristo ofereça um culto digno à Divina Majestade "para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de toda sua Santa Igreja".

Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio "segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex credendi)." (1)

Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam os nomes de São Gregório Magno, quem se preocupou com a transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como os tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante os séculos precedentes. Temos instruções para a forma da Sagrada Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal como eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover monges e monjas, que militavam sob a Regra de São Bento, em todo lugar junto com a proclamação do Evangelho para que suas vidas igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra "Nada, pois, antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a Sagrada liturgia segundo a maneira romana fez fértil não só a fé e a piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que a Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de muitíssimos Santos em cada século da Era Cristã e fortalecido na virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua piedade.

Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais eficaz cumprir com sua missão, muitos outros Romanos Pontífices no curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação, entre eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a exortação do Concílio de Trento, renovou o culto em toda a Igreja, assegurando a publicação de livros litúrgicos corrigidos e "restaurados segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina.

É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal Romano é eminente. Nasceu na cidade de Roma e gradualmente ao longo dos séculos tomou formas que são muito similares a aquelas em vigor em recentes gerações.

"Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo dos séculos seguintes, assegurando a colocação em dia, definindo os ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do começo deste século, uma reforma mais geral". (2) Foi desta forma em que atuaram nossos Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X (3), Bento XV, Pio XII e o Beato João XXIII.

Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de nossa época.

Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis. João Paulo II revisou a terceira edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos Pontífices atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,...volte outra vez a aparecer esplêndido em sua dignidade e harmonia". (4)

Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis estiveram e permanecem aderidos com tão grande amor e afeto às formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua cultura e espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação pastoral por estes fiéis, em 1984 mediante um indulto especial Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação para a Liturgia Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado por João XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia Dei, exortou aos Bispos a fazer um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os fiéis que o solicitem.

Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a nosso Predecessor João Paulo II, tendo escutado também os Padres do Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006, tendo sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa confiança no auxílio de Deus, pela presente Carta Apostólica, DECRETAMOS o seguinte:

Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração ( lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi ) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano.

Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição típica do Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e nunca anulado, como a forma extraordinária da Liturgia da Igreja. Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor abhinc annos e Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas pelas seguintes:

Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito Latino, seja secular ou religioso, pode usar o Missal Romano publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia exceto no Sagrado Tríduo. Para a celebração segundo um ou outro Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da Sé Apostólica nem de seu Ordinário.

Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica de direito pontifício ou diocesano desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual ou comunitária em seus próprios oratórios, isto está permitido. Se uma comunidade individual ou todo o Instituto ou Sociedade desejam ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente, o assunto deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as normas da lei e das leis e estatutos particulares.

Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que espontaneamente o solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa mencionada no art. 2.

Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia tradição litúrgica existe de maneira estável, que o pároco aceite seus pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao rito do Missal Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis esteja harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral ordinário da paróquia, sob o governo do Bispo e segundo o Canon 392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja.

§ 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar-se durante os dias de semana, enquanto que aos Domingos e dias de festa deve haver só uma destas celebrações.

§ 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para fiéis ou sacerdotes que o peçam, inclusive em circunstâncias particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações ocasionais, como por exemplo peregrinações.

§ 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser dignos e não impedidos canonicamente.

§ 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o Reitor da Igreja quem concede a permissão acima mencionada.

Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato João XXIII, as Leituras podem ser proclamadas inclusive nas línguas vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a recognitio da Sé Apostólica.

Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não obtém o que solicita do pároco, deve informar ao Bispo diocesano do fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se não puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei.

Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos fiéis laicos deste tipo, mas que por diversas razões se vê impedido de fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", que deveria proporcionar conselho e ajuda.

Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados todos os elementos, dar permissão para o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas.

§ 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento da Confirmação utilizando o anterior Missal Romano, conforme sugira o bem das almas.

§ 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962.

Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija uma paróquia pessoal segundo as normas do Canon 518 para as celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear um reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos.

Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João Paulo II, (5) siga levando adiante sua função. Esta Comissão deve ter a forma, tarefas e normas de ação que o Romano Pontífice deseje atribuir.

Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que atualmente goza, exercerá a autoridade da Santa Sé para manter a vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições.

Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio, ordenamos que seja assinado e ratificado para ser observado a partir de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa Cruz, em que pese a todas as coisas em contrário.

Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de 2007, Terceiro de nosso Pontificado.

Bento XVI


NOTAS

1 Instrução Geral do Missal Romano, terceira edição, 2002, N. 397

2 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro de 1988, N. 3: AAS 81 (1989) P. 899.

3 Ibidem.

4 O Papa São Pio X, Motu Proprio Abhinc duos annos, 23 de Outubro de 1913: AAS 5 (1913) 449-450; cf. O Papa João Paulo II, Ap. Carta Vicesimus quintus annus, 4 Dezembro de 1988,11. 3: AAS 81 (1989) P. 899.

5 Cf. O Papa João Paulo II, Motu proprio Ecclesia Dei adflicta, 2 de Julho de 1988, N. 6: AAS 80 (1988) P. 1498.

 

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Motu Proprio : próximo...

Notícia retirada do blogger "Missale"
http://missale.blogspot.com/2007/05/motu-proprio-update.html

"E
m tempo: O jornal alemão Der Spiegel noticiou ontem (28/05/2007) que o motu proprio para liberação da Missa Tridentina deverá ser publicado ainda nesta semana: "diese Woche"! A fonte é confiável e o fim de maio encaixa-se com o que havia sido prometido pelo Papa a Alice von Hildebrand. A probabilidade real, no entanto, continua a ser um mistério.

Além disso, Shawn Tribe, do The New Liturgical Movement , chama a atenção para o fato de que o Boletim do Vaticano informou neste último domingo (27/05/2007) o encontro do Papa Bento XVI com Robert Spaemann, Professor Emérito da Universidade de Munique e Presidente da Associação Pro Missa Tridentina. É possível que o motu proprio tenha sido discutido.
"

Comentário:
Já há tempos que cogitam sobre o motu proprio que liberará a Santa Missa no Rito de São Pio V. Muitos disseram que sairia ano passado, no início deste ano, entre a Festa da Anunciação e a Páscoa; agora dizem que sairá no final de Maio, nesta semana! Quanto a isso, ninguém exatamente sabe. É verdade que o documento será muito importante e abalará toda a ala modernista da Igreja, que por algum motivo não aceita a Missa Tridentina.
O Papa enfrenta lobos. Rezemos para que ele tenha coragem e não recue diante da alcatéia.
Rezemos pelo Papa.
E que São Pio V e São Pio X roguem por nós.

William Cardozo.

Planejamento Familiar

Lula acaba de incentivar a venda de anti-concepcionais. Os professorzinhos marxistas rejubilam! Os alunos - coitados - que são impedidos de raciocinar, se tornam um xerox intelectual, só sabem repetir as velhas historietas contadas nas enfadonhas salas de aula do tão avançado século XXI....

Mas pensemos um pouco. A posição da Igreja é clara: Devemos deixar que Deus planeje a família, aceitando os filhos que Ele, bondosamente, nos enviar. São inúmeras as falácias inventadas contra a posição da Igreja. No site da Associação Cultural Montfort, a senhora Lúcia Zucchi responde à alguns dos mais famosos slogans impingidos à sociedadde, pela mídia e pelas escolas, para que os filhos sejam tidos como uma desgraça. Gostaria de publicá-los aqui, para os leitores que se interessam pelo tema:

Falácias do Planejamento Familiar

1) Os países pobres tem maior natalidade. Logo, daí deduzem os anti-natalistas, natalidade alta produz pobreza. O raciocício histórico correto, porém, é o inverso. Foi o crescimento da riqueza e o aumento da influência da mídia e da mentalidade moderna que levou os países a terem taxas cada vez menores de natalidade. Foi o que aconteceu no Brasil - pode-se verificar nas famílias a queda absurda da taxa da natalidade no espaço de uma ou duas gerações! É o que aconteceu e continua a acontecer na Europa, onde as populações já estão começando a decair, com taxas de nascimento que não chegam a repor o número de mortes. A França, por exemplo, terá em 2050, se as taxas atuais se mantiverem, 75% da população acima de 60 anos. É o colapso! E as campanhas do governo não conseguem reverter esta situação pois as pessoas estão por demais convencidas de que os filhos são uma desgraça...A França era, antes da Revolução Francesa, o mais rico país da Europa e o de maior população. A limitação de filhos começou lá antes de qualquer outro país do mundo, como conseqüência da filosofia racionalista - que pretendia planejar tudo na sociedade - e do desejo de gozar a vida, ainda em meados do século XVIII. Isto generalizou-se no século XIX, -- exceto nas áreas católicas --, continuou com alguns sobressaltos no século XX, até chegar à uma taxa de nascimentos que não repõe a de mortes... A França se tornou o país que é hoje, não tão pobre - ainda - de bens mas repleto de problemas sociais causados, sem a menor dúvida, pela queda populacional, tais como a imigração excessiva e não assimilada, a estagnação econômica e conseqüente desemprego, e os altíssimos custos da previdência. Resumindo, temos que a França - que já era muito rica - não se tornou mais rica desde que começou a controlar a natalidade, mas mais pobre.
Portanto, o argumento de que a alta natalidade é causa de pobreza carece de fundamento, pois na verdade, a introdução da mentalidade moderna, que tem acompanhado o desenvolvimento econômico - através do aumento da influência da mídia, das idéias difundidas pela escola - e o abandono da religião, é que tem produzido a queda da natalidade.
2) Acúmulo de pessoas causa violência e desestabilidade social. Se esta relação fosse verdadeira, Tóquio e países do centro da Europa, como Bélgica e Holanda, seriam os campeões mundiais da criminalidade, pois são os lugares mais densamente povoados. E as regiões remotas da Amazônia, por exemplo, seriam paraísos de concórdia e civilização, pois tem baixíssima densidade populacional!
3) No Brasil, pelo menos, é preciso providenciar escola particular para os filhos pois na escola pública o ensino não é bom. Bem, consulte você mesmo a política pedagógica de alguns bons e caros colégios que você conhece, em temas que dizem respeito à moral e à doutrina católica, para ver com que eficiência eles se dispõe a perverter as crianças que lhes são confiadas.

***

No Brasil, a limitação de filhos começou em grande escala, praticamente, na década de 60. Primeiro nos lugares mais ricos, como São Paulo e Rio de Janeiro, espalhando-se em seguida para as regiões cada vez mais pobres. Levada pela miséria? Evidentemente não, mas sim pela televisão! Certa vez li o estudo de um médico que afirmava que a queda da natalidade no Brasil tinha levado vinte anos para atingir o mesmo índice que custara um século na Europa. Graças, segundo ele, exclusivamente à influência da classe médica e da televisão. A pobreza não era mencionada por esse estudo nem como causa nem como conseqüência!

Aliás, se pensarmos no Brasil do século XIX, vamos encontrar altas taxas de natalidade em todas as regiões, tanto nas que já eram ricas quanto nas que eram pobres. A pobreza causava a natalidade ou a natalidade causava a pobreza? Ou outros fatores, que subsistem até hoje, causavam e continuam causando a pobreza, mesmo quando a natalidade já caiu muito, em relação ao século XIX - como no Nordeste?

A taxa de natalidade dos Estados Unidos é mais alta do que a da Europa, no entanto eles ainda não estão empobrecendo, longe disso!

Estas são respostas ao argumento materialista. Quanto à questão moral, a limitação da natalidade traz problemas muito mais sérios, pois com isso ficou mais fácil abolir pouco a pouco a moral, sem que houvesse o peso das consequências - ou seja, os filhos - a incomodar, para a aceitação do divórcio, das experiências pré-conjugais e finalmente da imoralidade mais desbragada a que nós assistimos hoje.

Há casos particulares que a Igreja permite o controle natural da natalidade. No entanto, ao mesmo tempo que esses casos são GRAVÍSSIMOS, eles são RARÍSSIMOS.

***

Por essas cartas escritas pela senhora Lúcia Zucchi, pode-se ver quanta mentira é dada como sopa para os alunos e incautos atualmente. Que Nossa Senhora Aparecida tenha pena do Brasil.

Viva o Papa!
Carlos Roberto

Santa Clotilde, Rainha da França

Santa Clotilde, instrumento da Providência para a conversão da França


Festa litúrgica em 4 de junho


No caos provocado na Europa dos séculos IV e V pela invasão dos bárbaros e a queda do Império Romano do Ocidente, um povo começou a tomar relevo, liderado por um soberano adolescente ainda pagão, Clóvis. A conversão deste povo representaria uma grande vitória para o cristianismo, povo este que se tornaria a nação que foi denominada Filha Primogênita da Igreja, a França. O papel de uma princesa, Clotilde, como instrumento da Providência nessa obra, foi primordial.

O invicto Clovis encontra-se face aos poderosos alamanos no campo de batalha situado na planície de Tolbiac. De repente vê seu exército recuar aos poucos em tal pânico que, na fuga, uns guerreiros atropelam os outros. Desesperado, o monarca pagão começa a clamar aos seus deuses, pedindo-lhes ajuda. Em vão. Lembra-se então de Clotilde. Caindo de joelhos, eleva seus olhos ao Céu, e brada com toda a alma: "Ó Jesus Cristo, Deus de Clotilde. Se me concederdes vencer esses inimigos, eu crerei em Vós e serei batizado em vosso nome". Daí nasceu a França católica, a tantos títulos glória da Santa Igreja.Quem era essa Clotilde, cujo Deus era tão poderoso? É o que veremos neste artigo:

Lírio em meio ao lodo da heresia

Gundioch, rei da Borgonha, morrera numa batalha contra os bárbaros, em defesa da Fé e de seus Estados. Seus quatro filhos, desejando governar, dividiram o pequeno reino. Entretanto, pouco tempo depois, dois deles, mais gananciosos e belicosos, uniram-se aos ferozes alamanos para invadir os reinos dos outros dois irmãos. Um destes, Chilperico, com seus dois filhos, teve a cabeça decepada, e a mulher foi atirada a um rio com uma pedra ao pescoço. Impossibilitadas de governar pela lei de sucessão, as duas filhas de Chilperico foram poupadas. Gondebaldo – um dos irmãos invasores -- levou-as para sua corte e apesar de ariano (1), permitiu às duas sobrinhas que continuassem a professar a verdadeira religião.A mais velha das irmãs, Fredegária, tomou o véu religioso num mosteiro, onde terminou seus dias em odor de santidade. Clotilde, a mais nova, por "sua doçura, piedade e amor pelos pobres, fazia-se bendizer por todos aqueles que viviam a seu redor" (2). "Essa jovem princesa demonstrou uma constância admirável em meio a seus infortúnios, e começou a brilhar, como um milagre de honra e de virtude, pela santidade de suas ações.... Seu porte era belo, suas maneiras agradáveis, seu rosto bem feito e de uma beleza tão regular, que não se podia ver nada de mais bem acabado" (3) .

Zelo apostólico na corte dos bárbaros francos

A fama de tal virtude e beleza chegou ao vizinho reino dos Francos (depois França), onde seu jovem e fogoso rei, Clóvis pensou em desposar a virtuosa princesa, apesar de ser ela católica. Certamente influiu nessa decisão o Bispo São Remígio, no qual o rei franco depositava inteira confiança. As bodas realizaram-se no ano de 493 em Soissons, com toda a suntuosidade da época. "No palácio do rei franco instalou-se um oratório católico, onde diariamente se ofereciam os Sagrados Mistérios, aos quais a Santa assistia com singular devoção" (4)Um ano após o casamento, Clotilde deu à luz um herdeiro, e obteve de Clóvis licença para batizá-lo. Poucos dias depois, o pequeno inocente foi para o Céu. O rei, irado, alegou que se ele tivesse sido consagrado aos seus deuses, não teria morrido. A rainha protestou com firmeza dizendo que se alegrava pelo fato de Deus os ter julgado dignos de que um fruto de seu matrimônio entrasse no Céu. E que, em vez de entristecer-se, eles deveriam rejubilar-se. Isso aplacou o rei. No ano seguinte, Clotilde deu à luz outro menino que, apenas batizado, correu perigo de vida. A rainha lançou-se aos pés do altar e, por suas súplicas e lágrimas -- que visavam mais a conversão do marido do que evitar essa segunda morte -- obteve de Deus que ele se restabelecesse.Grandiosa missão de converter o reiAs qua lidades da esposa começaram a impressionar vivamente a Clovis. Mas ele tinha um temperamento modelado pela barbárie, e portanto refratário à Religião católica. Para obter a conversão do marido e do reino, a piedosa rainha entregava-se em segredo a grandes austeridades, prolongadas orações, e especial caridade para com os pobres. Ao mesmo tempo, "honrava seu real esposo, e procurava suavizar seu temperamento belicoso com sua mansidão cristã" (5).
Quando Clóvis vinha fazer-lhe confidências a respeito de planos de combate e sonhos de grandeza, ela aproveitava para falar-lhe do verdadeiro Deus. "Enquanto não adorares o verdadeiro Deus - dizia-lhe ela - temerei que voltes das batalhas vencido e humilhado. Até agora não enfrentaste inimigos dignos de teu valor. Se, por desgraça, fores cercado e acossado por um exército mais numeroso, em vão pedirás a ajuda de teus falsos deuses".

[É interessante notar nesta frase o ecumenismo de Santa Clotilde, dizendo claramente que os deuses pagãos de seu esposo são falsos]

Clóvis contentava-se em desviar a conversa para não magoar a esposa com blasfêmias.Sempre disposta a procurar e incentivar o bem, Clotilde tornou-se amiga de Santa Genoveva, que então resplandecia em Paris por suas virtudes e milagres. A ela e a São Remígio recomendou também a conversão do marido. Enquanto isso, punha-se a catequizar suas damas, domésticos e mesmo alguns dos nobres francos que viviam no palácio, falando-lhes da abundância de seu coração.

Conversão alterou a História

Chegou finalmente, na planície de Tolbiac, a hora da Providência. Vimos como Clóvis obteve a reversão da batalha com o auxílio divino, e prometeu converter-se.Essa conversão foi pronta e sincera. Não querendo esperar chegar a Soissons para instruir-se "na fé de Clotilde", mandou chamar um virtuoso eremita, São Vedasto, para que marchasse a seu lado, instruindo-o na Fé católica. Quis Deus que o rei bárbaro comprovasse mais uma vez, com os próprios olhos, a santidade da Religião que lhe estava sendo pregada. Ao passarem pela vila de Vouziers, um cego aproximou-se para pedir esmola, e só ao tocar a túnica de São Vedasto, adquiriu imediatamente a visão (6). À rainha – que o esperava ansiosamente pois Clóvis já mandara notícia de sua conversão – disse ele: "O Deus de Clotilde deu-me a vitória. De hoje em diante será meu único Deus!"

"Curva a cabeça, Sicambro"

No dia de Natal do ano 496, Clóvis, com três mil de seus mais valentes guerreiros, ingressaram pelo batismo na milícia do Deus de Clotilde. Receberam-no igualmente suas duas irmãs e seu filho bastardo, Thierry. Ao entrar o rei dos francos com o Bispo de Reims no batistério, disse-lhe este as palavras que se tornaram famosas: "Curva a cabeça, altivo Sicambro; adora o que queimaste e queima o que adoraste". No momento em que São Remígio ia proceder à unção do rei com o óleo do Santo Crisma, baixou da abóbada do templo uma pomba trazendo no bico uma ampola com azeite. O Bispo, vendo naquilo uma ordem celeste, ungiu com ele a cabeça de Clóvis (7). Com esse azeite seriam ungidos depois praticamente todos os reis franceses, até ser quebrada a ampola durante a nefanda Revolução Francesa.

[Uái...cadê a tão sonhada "Liberdade" pregada e louvada pela Revolução....?]

"Em poucos dias, todo o reino dos francos entrava na Igreja, pondo à cabeça de seu Código nacional aquele grito entusiasta que é uma confissão de fé: ‘Viva Cristo, que ama os francos!’" (8).Após a conquista do marido, a conquista de Paris para a Cristandade Clóvis enviou embaixadores ao Papa Anastácio e fez colocar sua própria coroa diante do túmulo do Apóstolo São Pedro, iniciando assim a aliança entre a França e a Igreja. Encorajado por Clotilde, o rei mandou destruir os templos dos ídolos e construir em seu Estado igrejas dedicadas ao verdadeiro Deus. Favorecido também nas armas, Clóvis conquistou a inexpugnável Paris, crescendo assim seu reino.O amor que unia os dois esposos tornou-se, a partir de então, muito mais forte e sobrenatural, concedendo-lhes a Providência mais dois filhos e uma filha. Esta última, Theodechilde, é também honrada como Santa, comemorando-se sua festa no dia 7 do mês de junho. Clotilde levou seu esposo a empreender uma guerra contra Alarico, rei dos visigodos, que tentava disseminar a heresia ariana na região de Guyenne. Clóvis perseguiu esses perniciosos hereges, enquanto Clotilde – que o acompanhara nessa cruzada – qual novo Moisés, rezava com os braços elevados para o céu pelo êxito da batalha. O rei visigodo foi morto e desbaratado seu exército. Enfim, Clóvis, extenuado pelas fadigas e trabalhos do governo, viu-se atacado por mortal doença em Paris. Clotilde acorreu junto a ele, tendo antes feito chamar São Severino, Abade. Este, apenas tocando a ponta de seu manto no soberano, fez-lhe recuperar totalmente os sentidos para receber conscientemente os sacramentos e preparar-se para a morte. O rei franco faleceu em 27 de novembro de 511, aos 45 anos de idade, 30 desde que subira ao trono e 20 depois do casamento com Clotilde. A santa rainha, após copioso pranto, exclamou como verdadeira cristã: "Senhor, de Vós eu o recebi pagão; por vossa misericórdia, eu vo-lo entrego cristão. Que vossa vontade seja feita!"

Na viuvez, virtude heróica diante dos sofrimentos

Parecia que a missão de Clotilde na Terra estava encerrada. Quis viver só para Deus e fez dividir o reino entre seus três filhos e o enteado. Mudou-se depois para junto do túmulo de São Martinho, em Tours, onde, diz São Gregório de Tours, "viu-se uma filha de rei, sobrinha de um rei, esposa de um rei, e a mãe de vários reis, passar as noites em oração, servir os pobres e proteger as viúvas e os orfãozinhos" (9). À santa rainha restavam mais de 30 anos de provas e sofrimentos cruéis. Alentada por sua própria experiência, Clotilde tinha dado sua filha, que recebera seu nome, como esposa a Amalrico, rei dos visigodos, visando a conversão desse monarca. Mas um herege é sempre pior que um pagão. A reação do soberano ariano foi, pelo contrário, de proporcionar toda sorte de perseguições à esposa, devido à fidelidade desta à verdadeira religião. Seus vassalos, com permissão do rei, chegavam a atirar-lhe lama quando ela ia à igreja. Tomando conhecimento desses ultrajes, seus irmãos declararam guerra a Amalrico, que foi morto. Trouxeram então consigo a segunda Clotilde. A virtuosa mãe, contudo, não voltaria a ver a filha senão no Céu, pois esta, acabrunhada de dor, faleceu a caminho da pátria.

Milagres em vida, santa morte

Santa Clotilde operou vários milagres ainda em vida, como curas, mudança de água em vinho, fez surgir uma fonte em campo árido.Sentindo aproximar-se a morte, mandou chamar seus dois filhos, exortando-os da maneira mais viva a servir a Deus e a guardar sua lei, a proteger os pobres, a viverem juntos em perfeita harmonia, e a tratar seus povos com bondade paternal. Tendo depois feito profissão pública de fé católica e recebido os Sacramentos que a prepararam para a eternidade, entregou docemente sua alma ao Criador.

Conclusão

Santa Clotilde foi o instrumento utilizado pela Divina Providência para converter a França, para maior glória da Santa Igreja Católica.A atuação de Deus na história é clara. Ele tudo fez para o triunfo da Igreja Católica, provando ser essa a verdadeira, fora da qual não há salvação.

Os professorzinhos enchem a boca para atacarem a Igreja, dizendo que na Idade Média a mulher não tinha direitos. O interessante é que eles se esquecem de citar o importante papel polícito e religioso exercido por várias mulheres em plena Idade Média, como Santa Catarina de Siena, Santa Joana D'Arc, Santa Radegunda, rainha da França, e a própria Santa Clotilde que muito contribuiu para o triunfo da Igreja e consequentemente sua influencia na humanidade durante a Idade Média. Em contrapartida não encontramos nenhuma mulher de tamanha atuação histórica na antiguidade. Encontramos uma, Cleópatra - tão falada -, mas que não se igualava, nem de longe, às qualidades e virtudes morais das santas medievas.

Santa Clotilde, Rainha da França, rogai por nós!

Ad Majorem Dei Gloriam
Carlos Roberto

Notas: 1 – Ariano: seguidor das doutrinas do heresiarca Ario, (250-336), sacerdote de Alexandria que caiu em heresia negando que as três Pessoas da Santíssima Trindade são absolutamente iguais quanto à natureza e coeternas. A heresia ariana alastrou-se por quase todo o mundo já cristianizado de então. Foi condenada pelo Concílio de Nicéa I ( 325) e por vários outros Concílios. 2 - Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, Mgr Paul Guérin, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, t. VI , p. 416. 3 - Pe. Simão Martin, Vie des Saints, Bar-le-Duc, Imprimerie de Madame Laguerre, 1859, vol. II, p. 826. 4 - Edelvives, El Santo de Cada Día, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, tomo III, p. 345. 5 - Pe. Jean Croiset, Año Cristiano, Saturnino Calleja, Madri, 1901, t.II, p. 751. 6 - Cfr. Edelvives, op. cit., tomo III, p. 348. 7 - Cfr. Bollandistes, op. cit, tomo VI, pp. 421, 422; Edelvives, op. cit, tomo III, p. 349). 8 - Fr. Justo Pérez de Urbel, OSB, Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo II, p. 525. 9 - Bollandistes, op. cit., tomo VI, p. 422.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Lula participa de manifestação pelo direito ao aborto.

Eduardo Farini

SÃO PAULO - No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, na segunda-feira, 28, uma manifestação pelo direito ao aborto será realizada, às 16h, em frente à Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou no domingo de missa de reinauguração da capela Nossa Senhora da Alvorada, no Palácio da Alvorada, em Brasília, participará do evento, às 11h.

Sonia Coelho, assistente social e integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), disse que o movimento também pretende no mesmo dia lançar o Comitê de Luta pela Legalização do Aborto, reunindo várias entidades e organizações sociais como a Marcha Mundial de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres, a Liga Brasileira de Lésbicas e o Fórum Estadual de Mulheres Negras-RJ.

“Esse não é um ato massivo. É um ato mais de liderança”, explicou Sonia Coelho, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com ela, a manifestação de segunda-feira deixará de lado os discursos e buscará o diálogo com as pessoas nas ruas, através de performances musicais e teatrais.

Para Sonia Coelho, o aborto além de ser uma questão de saúde pública também tem seu lado da autodeterminação da mulher. “ “Nós não defendemos o aborto como método contraceptivo”. Mas em uma gravidez indesejada, acreditamos que o último recurso tem que ser o aborto e não a imposição daquela gravidez para a mulher como forma de castigo ou qualquer outra coisa”, explicou.

Ela revelou que o movimento das mulheres vai se reunir sempre no dia 28 de cada mês, até setembro, quando se comemorará o dia latino-americano de luta pela legalização do aborto.

Sonia Coelho informou que está na pauta do movimento solicitar ao Executivo que apóie a aprovação de projeto que pede que o aborto praticado até a 12ª semana de gestação não seja considerado crime.Segundo ela, essa proposta foi apresentada em 2005 pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres. “Também queremos que o Executivo tenha ações de educação e formação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) para que atendam dignamente as mulheres que fazem aborto clandestino”, disse.


Comentário: Nenhum Católico participa de movimentos favoráveis à legalização do aborto. Portanto, este é mais um fato que revela a verdadeira religião de Lula, que diz ser ''Católico''. As afirmações absurdas e contraditórias dessa tal Sonia Coelho, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), podem ser bem respondidas na postagem abaixo. O que merece mais destaque é o fato de Lula, que afirma ser Católico, estar presente em uma manifestação totalmente anti-Católica.

Aborto no Brasil: Paradoxo moral e político.

A sociedade brasileira enfrenta uma série de questões relacionadas à política do atual presidente da república. São mensalões, escândalos no Congresso Nacional, operações da Polícia Federal revelando - e derrubando - muitos parlamentares, discussões sobre maioridade penal e até a tal descriminalização do aborto. Os brasileiros enfrentam, o governo apenas discute, e com isso fica cada vez mais clara a postura de nossos governantes.

O lema do Brasil está expresso em sua bandeira: "Ordem e Progresso". Estas palavras representam os princípios que movem nosso governo. A "Ordem" move a postura dos homens que representam o povo no poder democrático. Já o "Progresso" pode ser encontrado nas atitudes e decisões destes membros do governo brasileiro.

Em 1889, o marechal Deodoro da Fonseca pensou bem quando decidiu adotar este lema e estampá-lo na Bandeira Nacional. O marechal bem pensou. Pensou tão bem que deixou de pensar que lemas não movem homens. São idéias que movem homens. E as idéias dos governantes e parlamentares atuais - em sua maioria - não estão nem um pouco relacionadas com o lema de "Ordem e Progresso".


A política brasileira vive um paradoxo de dimensão desconhecida, onde o que se mostra é uma desordem política e um regresso moral. Fala-se muito em descriminalização do aborto, fala-se no direito da mulher decidir sobre seu corpo. Discutem-se em qual fase embrionária é gerada a vida. Ordenam-se as idéias "caducadamente", e mais uma vez deixam o princípio do "Progresso" de lado.


A aprovação de uma lei que permita o aborto, é a aprovação de um crime; um crime contra um indivíduo da sociedade que não tem direito à defesa. Alegar que o aborto pode ser válido em caso de estupro, é permitir que alguém limpe um crime com a prática de outro. Mas não se pensa que o feto seja uma vida.


Quando se gera a vida ? Cientistas - que de tanto pensar ficaram "caducos", como o lema nacional - dizem que é na fase de "nêurula", onde inicia a formação do sistema nervoso do feto. São cientistas gnósticos - e "caducos" - que a acreditam que a matéria dá origem a vida. Acreditam - caducadamente - que a vida é gerada pela formação do Sistema Nervoso. Os vegetais não possuem Sistema Nervoso, mas possuem vida da mesma maneira. Como dizia Drummond: 'E agora José?'.


O governo brasileiro está prestes a tomar estes rumos. O presidente Lula participou recentemente de uma manifestação de uma sociedade feminista 'pró-aborto'. A contradição é grande. O presidente se diz Católico, mas participa de manifestações 'pró-aborto' pouco tempo depois do Papa dizer que o aborto é um atentado contra a vida. Sábias palavras do Sumo Pontífice. Grande contradição do presidente e da sociedade feminista.


A sociedade feminista pró-aborto diz se basear no direito da mulher de decidir sobre seu corpo, se quer ter a criança ou não. Diz-se no direito da mulher de decidir. Há duas contradições imensas nesse aspecto: coloca-se o direito de decisão de uma mulher, acima do direito a vida de um indivíduo; e - a mais 'gagá', 'caduca' - se a vida que está sendo gerada ali for uma mulher? Ela não possui este direito de decisão sobre seu corpo? Nota-se claramente o verdadeiro intuito destas pessoas, e o seu tamanho paradoxo.

O governo diz pensar sobre este tema, enquanto enfrenta uma série de escândalos dentro de seus bastidores. Esperamos que o governo pense sim, mas não pense muito, como Deodoro, que de tanto pensar terminou desgastado. O governo se desgasta, e o povo mais uma vez acredita em Ordem, e em Progresso.


William Cardozo.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Pe. Jonas Abib da Canção Nova - Repete tese Luterana.

Outro excomungado ipso facto Jonas Abib: SEJA ANÁTEMA!

Sexta-Feira, 25 de maio 2007
A MORTE DO PECADO
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/pejonas/pejonas_msg_dia.php?id=8842

"Jesus foi sobrecarregado com todos os pecados da humanidade. Ele foi abandonado por tudo e por todos e ficou literalmente só. Isso porque Aquele que não tinha pecado, tornou-se o próprio pecado, e isso é bíblico e teológico. E quando eles O pregaram na cruz, com a morte de Nosso Senhor o pecado também morreu ali. Mas isso, o inimigo de Deus não podia imaginar, só Deus Pai o sabia, guardando tudo no coração. Imaginem o quanto o Pai sofreu para que isso acontecesse. Meus irmãos, foi isso que aconteceu, Cristo morre na cruz e na cruz morre também todo nosso pecado. Portanto, não há mais nenhuma condenação sobre nós. Somente que somos nós que temos de aceitar e acolher nossa salvação. É como se alguém pagasse toda nossa dívida, que era enorme e impagável, e nosso nome, que antes estava sujo, ficasse limpo, porque não temos mais nenhuma condenação sobre nós. Nós precisamos apenas assumir e aceitar a salvação de Jesus, o resto Ele já fez por nós. "[Jesus] Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados" (confira Isaías 53:5) ( 1Pedro 2:24 ).Apesar de ser tão simples, nós colocamos muitas dúvidas em nosso coração. É simples porque Jesus já fez tudo, todos os pecados foram destruídos na cruz. Por isso, ouvimos na narração do Evangelho que o último grito de Cristo na cruz foi: “Tudo está consumado”. E consumado não quer dizer apenas acabado, é muito mais que isso. Meus irmãos, essa é a grande verdade, é preciso que a gente abrace o “atestado” da nossa salvação. Porque, infelizmente, tentados pelo inimigo de Deus, não assumimos isso verdadeiramente e nos deixamos ser carregados por ele [inimigo] e, dessa forma, carregamos sentimentos de culpa; e nada disso é verdade. Há um precipício em nosso meio para nos apartar de Deus e de nossa salvação, o reino das trevas nos quer “pegar” de novo e de qualquer forma, e quantas vezes, caímos nessa cilada. Nós acabamos vivendo "do jeito que o diabo gosta", como diz o ditado popular. Precisamos lutar e conquistar nossa santificação, e ficar cada vez mais longe do reino das trevas. O inimigo põe uma venda nos nossos olhos, de modo que não conseguimos enxergar bem a realidade. Hoje é dia de dizer um basta, e assumir que fomos transladados das trevas para a luz. Quando nós assumimos Jesus como nosso Salvador, assumimos um “Jesus-salvação” em nossas vidas, isso é um ato nosso, é questão de assumir. O pecado morreu num madeiro com a morte de Jesus, então viva como alguém que foi e está salvo! Hoje é dia de você fazer isso, meu irmão, viver a certeza da sua salvação. Você precisa firmá-la cada vez mais. Você é uma pessoa salva e liberta das amarras do pecado. seu irmão, Padre Jonas Abib".

Comentário: Pe. Jonas faz uma confusão tremenda, igual os hereges Lutero e Calvino entre Salvação Objetiva e Salvação Subjetiva. Claro que o Sacrificio de Cristo foi e é suficiente para salvar toda a humanidade, mas existe a necessidade de uma adesão de nossa parte ao sacrificio de Cristo. Por isso Cristo mandou seguir os mandamentos, dar esmolas, confessar os pecados ... etc. Pe. Jonas não é catolico, ele com o passar do tempo esqueceu a santa doutrina catolica, de tanto falar em linguas extranhas ... esqueceu o catecismo. Deus tenha pena das pessoas que vivem sendo iludidas e perdem sua fé e sua alma na Canção Nova !
Eli De Marchi Junior
Leme /SP

Missa segundo o Rito de São Pio V em Itapetininga / SP

Dia 26/05/2007 tivemos a graça de assistir a Santa Missa segundo o Rito Tridentino, conhecido também como Missa de São Pio V - Pe. Renato do Instituto Bom Pastor realizou a Missa e colocou como uma das intenções a rapida publicação do Motu Proprio por sua Santidade o Papa Bento XVI permitindo assim a ampla liberdade de rezar segundo este rito que é um tesouro de tradição e uma fonte de graças para a Santa Igreja, como bem disse o Cardeal Hoyos em sua intervenção junto a Conferencia dos Bispos em Aparecida/SP.
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Eli De Marchi Junior
Leme /SP