domingo, 26 de agosto de 2007

A Paz de Cristo

 
."Eu não vim trazer a paz, mas a espada" (Mt X, 34 e Luc XII, 51).
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CASTEL GANDOLFO, domingo, 19 de agosto de 2007 (ZENIT.org).- A paz de Cristo não é ausência de conflitos, mas é a luta contra o mal, explicou Bento XVI neste domingo.

Por este motivo, esclareceu aos peregrinos reunidos na residência pontifícia de Castel Gandolfo para rezar o Ângelus, ser ''instrumentos de sua paz'' quer dizer ''vencer o mal com o bem''.

Comentando a pergunta e a resposta de Jesus na passagem evangélica da liturgia do domingo – Pensais que eu vim trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão – o Santo Padre esclareceu que esta expressão significa que a paz que Ele veio trazer não é sinônimo de simples ausência de conflito.

Pelo contrário, a paz de Jesus é fruto de uma constante luta contra o mal. A luta que Jesus está decidido a enfrentar não é contra homens ou poderes humanos, mas contra o inimigo de Deus e do homem, Satanás.

Quem quer resistir contra esse inimigo sendo fiel a Deus e ao bem, tem que enfrentar necessariamente incompreensões e, algumas vezes, autênticas perseguições, advertiu o Papa.

Por isso, aqueles que querem seguir Jesus e comprometer-se sem compromissos a favor da verdade, têm de saber que encontrarão oposições e se converterão, ainda que não o queiram, em sinal de divisão entre as pessoas, e inclusive dentro de suas próprias famílias.

O amor aos pais é um mandamento sagrado, mas para ser vivido autenticamente, não pode ser anteposto nunca ao amor de Deus e de Cristo. Dessa forma, seguindo os passos do Senhor Jesus, os cristãos se convertem em ‘instrumentos de paz’, segundo a famosa expressão de São Francisco de Assis», afirmou, citando a famosa expressão de São Francisco de Assis.

Não de uma paz inconsistente e aparente, mas real, buscada com valentia e tenacidade no compromisso cotidiano por vencer o mal com o bem e pagando o preço que isso implica, concluiu. Falando depois em alemão, o Papa acrescentou que Cristo não busca conformistas cansados, mas testemunhas da fé valente de quem arde do fogo do seu amor.

Paz de Cristo, segundo Bento XVI Intervenção por ocasião da oração mariana do ÂngelusCASTEL GANDOLFO, domingo, 19 de agosto de 2007 (ZENIT.org).-

Publicamos a intervenção que Bento XVI pronunciou neste domingo, ao rezar a oração mariana do Ângelus, junto a milhares de peregrinos congregados no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

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Comentário: Bento XVI reforça o caráter militante da Santa Igreja, reafirmando claramente o verdadeiro significado da Paz de Cristo. No evangelho de São João, Cristo diz:

"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo" (Jo. XIV 27).

Portanto, há uma notável diferença entre a paz de Cristo e a paz do mundo, e essa diferença foi perfeitamente destacada pelo Santo Padre. Viva o Papa! Viva o Papa Bento XVI!

"Só se conseguirá a paz na ponta da lança" (Santa Joana d´Arc).

In Iesu et Maria, Eduardo Farini.